Quatro meses após enchente, RS tem 2,4 mil pessoas fora de casa, testes de radar meteorológico e sistema de alerta de desastres

  • 01/09/2024
(Foto: Reprodução)
Além disso, em Porto Alegre, município prevê instalação de réguas de medição de arroios e totens de alerta para enchentes. Desastre em maio deixou 183 mortos em todo o estado. Radar meteorológico instalado no alto de morro em Porto Alegre Jürgen Mayrhofer/Secom O Rio Grande do Sul completa, neste final de semana, quatro meses da enchente que deixou 183 mortos em todo o estado. Ao longo de agosto, a ação das autoridades focou em sistemas de alerta para fenômenos meteorológicos e enchentes: radar, "mensagens intrusivas", réguas e totens (entenda abaixo como vai funcionar cada um deles). 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Pouco mais de 2,4 mil pessoas seguem fora de casa. A maioria dos desabrigados está na Região Metropolitana e no Vale do Taquari, nas cidades de Canoas (500), Porto Alegre (473), Encantado (266), Cruzeiro do Sul (220) e Estrela (182). Além disso, o RS ainda tem 3,5 mil animais resgatados em 45 abrigos. A atualização mais recente dos números da Defesa Civil aponta que, além dos 183 mortos, o RS ainda registra 27 pessoas desaparecidas após a enchente. Relembre a tragédia mês a mês: 1 mês após a enchente: veja a cronologia do desastre 2 meses: bloqueios em estradas, escolas fechadas e lixo na rua 3 meses: centros de acolhimento, auxílio e retomada da rotina No dia 16 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu "definitivamente resolver o problema da enchente" no Rio Grande do Sul, citando obras de drenagem anunciadas no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Ao todo, 38 projetos receberão um montante de R$ 6,5 bilhões do governo federal. O presidente ainda afirmou que todas as pessoas que perderam suas casas durante a enchente vão receber novas moradias através do "Minha Casa, Minha Vida". Lula não deu prazos, dizendo que a entrega depende da agilidade dos municípios, do estado e da União. Lula entrega casas para afetados pela enchente em Porto Alegre Radar meteorológico Nos últimos dias, o governo do estado realizou testes do novo radar meteorológico, utilizado para prever e monitorar o tempo em um raio de 150 km. O equipamento foi prometido após as enchentes que deixaram 80 mortos entre junho e novembro de 2023. A estrutura seria montada em Montenegro, cuja localização é considerada ideal para o monitoramento, por ficar entre a Região Metropolitana e os vales dos rios Caí e Taquari – localidades que somam 4,5 milhões de habitantes. No entanto, o guindaste que levaria o equipamento para um morro do município tombou na estrada e, por causa disso, o radar foi instalado provisoriamente em Porto Alegre. O governo do estado afirma que que o Morro São João, em Montenegro, "segue sendo a opção de local de instalação definitiva do equipamento" e que o Morro da Polícia, em Porto Alegre, "também já havia sido apontado como uma opção tecnicamente viável para instalação do radar". Uma equipe de meteorologistas deve passar por treinamento para fazer a leitura dos dados emitidos pelo radar, explica a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do RS. O sistema deve entrar em operação nas próximas semanas. "Eles vão olhar essas informações e, dependendo da situação, com até seis ou até mesmo três horas de antecedência, eles podem emitir esses alertas pontualmente para aquela região que vai ser atingida, ou por um vento muito intenso, granizo, ou chuvas intensas", diz. Radar meteorológico é instalado provisoriamente em Porto Alegre 'Mensagens intrusivas' Também em agosto, a Defesa Civil Nacional testou um sistema de alerta que envia "mensagens intrusivas" aos celulares dos moradores em áreas de risco. Em uma primeira etapa, 11 municípios de todo o país participaram dos testes – dois deles no Rio Grande do Sul. Muçum e Roca Sales, cidades do Vale do Taquari fortemente atingidas pelas enchentes de 2023 e 2024, participaram da ação do governo federal. O sistema ainda não tem data para entrar em operação definitivamente. Em momentos de risco, são emitidos avisos com sons e mensagens no celular. O alerta aparece por cima de qualquer conteúdo que estiver sendo exibido na tela, mesmo que os usuários não tenham solicitado (veja no vídeo abaixo). A tecnologia foi desenvolvida pela Anatel e é operada pela Defesa Civil. Não é preciso fazer cadastro pra receber os alertas. Os avisos vão chegar para todos os celulares que estiverem dentro da área de cobertura do município que estiver em risco. Até pessoas estrangeiras que estiverem no local vão ser informadas. Todos os celulares comprados a partir de 2020 são compatíveis com a tecnologia. Para receberem o aviso, os aparelhos precisam estar conectados em redes de 4G ou 5G no momento do envio do alerta. Defesa Civil testa 'alerta intrusivo' para desastres no RS Réguas e totens Em Porto Alegre, o município assinou um contrato para a instalação de réguas de medição do nível da água e de totens de alerta em áreas de risco de alagamento. O sistema deve operar até o final do ano. As réguas, equipadas com câmeras, vão medir o nível da água em 10 pontos da capital: Ponto 1: Arroio Feijó (Vila Dois Irmãos, próximo à Rua Luiz Cezar Leal) Ponto 2: Arroio Santo Agostinho (Av. Caldeia, atrás da FIERGS) Pontos 3 e 4: Arroio das Pedras (um ponto na Vila Metralhadora e outro na Avenida dos Gaúchos, Vila Minuano) Ponto 5: Dilúvio (próximo à PUC) Pontos 6 e 7: Arroio Moinho (um ponto próximo ao Campo da Tuca e outro próximo à Rua Cabo Noé) Ponto 8: Rio Jacuí: Ilha Grande dos Marinheiros Pontos 9 e 10: Arroio Salso (um ponto na ponte da Av. Serraria e outro na Av. Juca Batista) Já os totens são postes metálicos com estações meteorológicas, compostos por câmeras de videomonitoramento, alto-falantes, microfone, luzes de sinalização e alertas capazes de serem acionados e realizarem a comunicação entre a população no local e técnicos na Central de Monitoramento e Atendimento. Os 10 equipamentos devem realizar a medição da chuva por sensores ópticos, além da velocidade do vento, temperatura, umidade, pressão, qualidade do ar e radiação solar. Ilha Grande dos Marinheiros (Rua Santa Rita de Cássia - Arquipélago) Arroio Passo das Pedras (Av. 10 de Maio, 611-643 - Passo das Pedras) Arroio Sarandi (Av. Assis Brasil, 629) Arroio Sarandi (Rua Rodrigues Moreira, 42) Arroio Moinho (Rua da Represa, 9 - Cel. Aparício Borges) Humaitá/Vila Farrapos (Praça do Sesi) Ilha da Pintada (Praça Salomão Pires)* Barragem Lomba do Sabão (Rua do Zaire, 158 - Lomba do Pinheiro)* Arroio Guarujá (Av. Guaíba)* Travessa do Espigão (Av. Beira Rio, 272 - Lami)* * Pontos com sensor fluviométrico, de medição do nível de água Mapa de Porto Alegre com sinalização dos locais com réguas e totens do sistema de monitoramento de riscos Divulgação VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/09/01/quatro-meses-apos-enchente-rs-tem-24-mil-pessoas-fora-de-casa-testes-de-radar-meteorologico-e-sistema-de-alerta-de-desastres.ghtml


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